Após mais de 20 anos no poder, Bashar al-Assad foi derrubado em uma ofensiva relâmpago liderada por forças rebeldes, encerrando cinco décadas de controle da família Assad sobre a Síria. O momento marcou a entrada de tropas rebeldes na capital, Damasco, e a fuga de Assad para Moscou, onde recebeu asilo político oferecido pela Rússia.

O colapso do regime foi acelerado pela incapacidade do exército sírio de conter os avanços rebeldes e pela perda de apoio internacional. Embora o Irã e a Rússia tenham sido aliados cruciais ao longo dos anos, ambos foram surpreendidos pela rapidez dos eventos. O líder rebelde Abu Mohammed al-Jolani, associado à aliança islâmica Hayat Tahrir al-Sham, desempenhou um papel central, moderando sua retórica para atrair maior apoio tanto interno quanto externo.

A comunidade internacional expressou reações mistas. Enquanto líderes ocidentais e árabes celebraram a oportunidade de reconstrução e um futuro mais democrático, aliados do regime, como Irã e China, demonstraram preocupação com as implicações geopolíticas da mudança de poder. O Conselho de Segurança da ONU se reunirá para discutir os próximos passos, com foco na estabilização e reconstrução do país, promovendo dignidade e direitos humanos para a população síria.

O futuro da Síria permanece incerto, mas este momento é visto como uma chance histórica de reconstruir a nação em bases mais democráticas e inclusivas. A trajetória dependerá de como a comunidade internacional e os novos líderes locais lidam com os desafios da transição.